Rogerio Vieira

HENRY CARTIER-BRESSON

The 20th century was the century of the image (...).

O século 20 foi o século da imagem (...).

"To tell Henri Cartier-Bresson’s story and to unravel his work is essentially to tell the story of a look. Throughout the 20th century, this roaming, lucid eye has captured the fascination of Africa in the 1920’s, crossed the tragic fortunes of Spanish republicans, accompanied the liberation of Paris, caught a weary Gandhi just hours before his assassination, and witnessed the victory of the communists in China. Henri Cartier-Bresson was also Jean Renoir’s assistant on three major films, an artist who sees himself an artisan but who nevertheless established Magnum, the most prestigious of all photo agencies, and who immortalised his major contemporaries : Mauriac in a state of mystical levitation, Giacometti, Sartre, Faulkner or Camus, and as many more all taken at the decisive moment, all portraits for eternity."

"Para contar a história de Henri Cartier-Bresson e desvendar o seu trabalho é, essencialmente contar a história de um olhar. Ao longo do século 20, durante sua itinerância, “Olho lúcido” conquistou o fascínio da África em 1920, cruzou o destino trágico de republicanos espanhóis, acompanhou a libertação de Paris, registrou um Gandhi cansado, poucas horas antes de seu assassinato, e testemunhou a vitória dos comunistas na China. Henri Cartier-Bresson, também foi assistente de Jean Renoir em três grandes filmes, um artista que se vê como um artesão, mas que no entanto estabeleceu a Agência Magnum, a mais prestigiada de todas as agências de fotografia, e que imortalizou seus grandes contemporâneos: Mauriac em um estado de levitação mística, Giacometti, Sartre, Faulkner ou Camus, e outros mais, tudo tomado no momento decisivo, todos os retratos para a eternidade."

– Pierre Assouline, Henri Cartier-Bresson, l’oeil du siècle, Folio / Gallimard

Henri Cartier-Bresson, 1972 © Martine Franck/Magnum Photos/Courtesy Fondation HCB

BIOGRAPHY:

BIOGRAFIA:

Early Life

1908: Born on August 22nd at Chanteloup, Seine-et-Marne. Educated at the Lycée Condorcet, Paris.

1926: Studies painting under André Lhote. Takes his first photographs

1930: Spends almost one year in Ivory Coast.

1931: Discovers a photograph by Martin Munkacsi in the arts magazine Arts et Métiers Graphiques and decides to focus on photography.

Vida Pregressa

1908: Nasceu em 22 de Agosto em Chanteloup, Seine-et-Marne na França. Estudou no Lycée Condorcet em Paris.

1926: Estudou Pintura com André Lhote. Fez suas primeiras fotografias.

1930: Passou a maior parte do ano em Ivory Coast.

1931: Descobriu a Fotografia através de Martin Munkacsi na revista de arte "Arts et Métiers Graphiques" e decide focar na Fotografia.

First Photographic Experiments

1932: Buys his first Leica and travels accross Europe with his friends Leonor Fini and Pieyre de Mandiargues. First publications in Voilà and Photographies.

1933: First exhibition at the Julien Levy Gallery, New York. His photographs are subsequently shown at the Ateneo Club in Madrid.

1934: Goes to Mexico with an ethnographic expedition team. The mission fails but he decides to stay.

Primeiras Experiências Fotográficas

1932: Compra sua primeira Leica e viaja por toda a Europa com seus amigos Leonor Fini e Pieyre de Mandiargues. Primeiras publicações em "Voilà and Photographies".

1933: Primeira Exposição na Galeria Julien Levy em New York. Suas fotografias são apresentadas em seguida no Clube Ateneo em Madrid.

1934: Vai ao Mexico com uma equipe de expedição Etnográfica. A programação não se concretizou, porém ele decidiu permanecer no México.

Cinema

1935: Exhibits with Manuel Alvarez Bravo at the Palacio de Bellas Artes, Mexico and one month later at the Julien Levy Gallery with Walker Evans and Manuel Alvarez-Bravo. Spends some time in the USA, where he discovers filmmaking with Paul Strand and Nykino Group.

1936: Works as second assistant to Jean Renoir on Une partie de campagne (A Day in the Country) and La vie est à nous.

1937: Directs two documentaries; Victoire de la vie (Return to Life) on the medical care of Republican Spain and With the Abraham Lincoln Brigade, on the American soldiers’ life during Second World War. Photographic report on the coronation of George VI published in the newspaper Ce Soir.

1938: Directs, upon request by the Spanish Secours Populaire, a documentary about the Spanish Civil War, L’Espagne vivra.

1939: Joins Jacques Becker and André Zvoboda as an assistant on Jean Renoir’s La Règle du jeu (The Rules of the Game).

Cinema

1935: Expõe com Manuel Alvarez Bravo no Palacio de Bellas Artes, no México e, um mês mais tarde, na Galeria Julien Levy com Walker Evans e Manuel Alvarez-Bravo. Passa algum tempo nos EUA, onde ele descobre o cinema com Paul Strand e Grupo Nykino.

1936: Trabalha como segundo assistente de Jean Renoir em "Une partie de campagne" (A festa em casa) e "La vie est à nous".

1937: Dirige dois Documentários; "Victoire de la vie" (Retorno à Vida), sobre a assistência médica da Espanha republicana e, com a Brigada Abraham Lincoln, sobre a vida dos soldados americanos durante a Segunda Guerra Mundial. Reportagem fotográfica sobre a coroação de George VI publicado no jornal "Ce Soir".

1938: Dirige, a pedido da "Secours Populaire" espanhola, um documentário sobre a Guerra Civil Espanhola, "L'Espagne vivra".

1939: Junta Jacques Becker e André Zvoboda como assistente de Jean Renoir La Règle du jeu (Regras do Jogo).

During the War

1940: Joins the “Film and Photography” unit of the Third Army. Taken prisoner by the Germans on June 23^rd.

1943: After three two failed attempts, successfully escapes on his third attempt in February 1943. Works for MNPGD, a secret organization created to help prisoners and escapees.

1944: Takes a series of photographic portraits of writers and artists for Editions Braun (Henri Matisse, Pablo Picasso, Georges Braque, Pierre Bonnard, Paul Claudel, Georges Rouault).

1945: Directs “Le Retour” (The Return), a documentary on the repatriation of prisoners of war and detainees.

No periodo da Guerra

1940: Junta-se ao "Cinema e Fotografia", unidade do Terceiro Exército. Feito prisioneiro pelos alemães em 23 de junho.

1943: Depois de três duas tentativas sem êxito, escapa do cativeiro em fevereiro de 1943 em sua terceira tentativa. Trabalha para a MNPGD, uma organização secreta criada para ajudar os presos e fugitivos.

1944: Faz uma série de retratos de escritores e artistas para a Editora Braun (Henri Matisse, Pablo Picasso, Georges Braque, Pierre Bonnard, Paul Claudel, Georges Rouault).

1945: Dirige "Le Retour" (O Retorno), um documentário sobre a repatriação de prisioneiros de guerra e detidos.

Professional Photographer

1946-47: Spends over a year in the USA. Upon Harper’s Bazaar request, he travels for a few months with John Malcolm Brinnin to photograph artists and writers.

1947: Exhibition Photographs by Henri Cartier-Bresson at the Museum of Modern Art in New York. Creates the cooperative agency Magnum Photos with Robert Capa, David Seymour (Chim), William Vandivert and George Rodger.

1948–50: In the Far East for three years, in India for the death of Gandhi, China for the last six months of the Kuomintang and the first six months of the People’s Republic and in Indonesia for independence. His photographs are published all over the world.

1952: His first book, Images à la Sauvette, cover by Matisse, is published by Tériade. First exhibition in England, Photographs by Henri Cartier-Bresson at the Institute of Contemporary Arts.

1953: Travels throughout Europe for Holiday.

1954: Publication by Robert Delpire of his books Les Danses à Bali and D’une Chine à l’autre, marking the beginning of a long collaboration with Delpire. He is the first photographer allowed in the USSR from the beginning of the Cold War.

1955: First exhibition in France at the Pavillon de Marsan in the Louvre. Tériade publishes Les Européens (cover illustrated by Miró).

1958: Returns to China for three months for the tenth anniversary of the People’s Republic of China.

1961: Realizes a set of portraits for the magazine Queen.

1963: Returns to Mexico for the second time. Life Magazine sends him to Cuba.

1965: Spends several months travelling in Japan.

1966: Returns to India.

1967: Commissioned by IBM to create Man and Machine. This project becomes an exhibition and a book.

1968-69: Spends a year travelling around France for Reader’s Digest and publishes a book, Vive la France, to accompany the exhibition “En France” staged at the Grand Palais in 1970.

1970-71 : In the USA directs two documentaries for CBS News; Southern Exposures and Impressions de Californie.

1972-73 : Returns to the USSR.

Fotografo profissional

1946-47: Passa mais de um ano nos EUA. A pedido Harpers Bazaar, ele viaja por alguns meses com John Malcolm Brinnin para fotografar artistas e escritores.

1947: Exposição "Photographs by Henri Cartier-Bresson" no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. Cria a Agência Cooperativa Magnum Photos com Robert Capa, David Seymour (Chim), William Vandivert e George Rodger.

1948-1950: No Extremo Oriente durante três anos, na Índia em função da morte de Gandhi, China durante os últimos seis meses do Kuomintang e os primeiros seis meses da República Popular e na Indonésia pela independência. Suas fotografias são publicadas ao redor do mundo.

1952: Seu primeiro livro, "Images à la Sauvette", tampa por Matisse, é publicado pela Tériade. Primeira exposição na Inglaterra, "Photographs by Henri Cartier-Bresson" no "Institute of Contemporary Arts".

1953: Viaja por toda a Europa em férias.

1954: Publicação de seus livros "Les Danses à Bali e D'une Chine à l'autrepor" por Robert Delpire, marcando o início de uma longa parceria com Delpire. Ele é o primeiro fotógrafo autorizado pela URSS desde o início da Guerra Fria.

1955: Primeira exposição na França, no "Pavillon de Marsan" no Louvre. "Tériade publica Les Européens" (capa ilustrada por Miró).

1958: Regressa à China para três meses para o décimo aniversário da República Popular da China.

1961: Realiza um conjunto de retratos para a revista "Queen".

1963: Retorna ao México pela segunda vez. "Life Magazine" o envia para Cuba.

1965: Passa vários meses viajando no Japão.

1966: Volta para a Índia.

1967: Contratado pela IBM para criar "Man and Machine" (o homem e a máquina). Este projeto torna-se mais tarde uma exposição e um livro.

1968-1969: Passa um ano viajando pela França para o "Reader’s Digest" e publica o livro, "Vive la France", para acompanhar a exposição "En France" apresentada no "Grand Palais", em 1970.

1970-1971: Nos EUA, dirige dois documentários para a CBS News; "Southern Exposures" e "Impressions de Californie".

1972-1973: Volta à URSS.

Back to drawing

1974: Terminates his active working relationship with Magnum Photos, although the agency distribution retains his archives. Concentrates on drawing

1975: First exhibition of drawings at the Carlton Gallery, New York.

1987: Photographic exhibition The Early Work.at The Museum of Modern Art, New York.

1988: The Centre National de la Photographie celebrates his 80^th anniversary. Creation of the HCB Award.

2000: Makes plans to set up the Henri Cartier-Bresson Foundation with his wife, Martine Franck, and daughter, Mélanieto. The idea is to provide a permanent home for his collected works as well as an exhibition space open to other artists.

2002: The Henri Cartier-Bresson Foundation is recognised as being of public interest by French State.

2003: Opening of the Henri Cartier-Bresson Foundation in Paris. Retrospective exhibition De qui s’agit-il? at the Bibliothèque nationale de France.

2004: Henri Cartier-Bresson dies peacefully in Montjustin, Provence on August 3^rd.

Retorno ao Desenho

1974: Termina a sua relação de trabalho ativo com a "Magnum Photos", embora a agência distribuição tenha mantido seus arquivos. Concentra-se em desenhar.

1975: Primeira exposição de desenhos na Galeria Carlton, Nova Iorque.

1987: Exposição fotográfica "The Early Work" no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque.

1988: O "Centre National de la Photographie" celebra o seu 80º aniversário. Criação do Prêmio HCB.

2000: Faz planos para a criação da Fundação Henri Cartier-Bresson com sua esposa, Martine Franck, e sua filha, Mélanieto. A idéia é propiciar um lar permanente para suas obras completas, bem como um espaço de exposição aberto a outros artistas.

2002: A Fundação Henri Cartier-Bresson é reconhecida como sendo de interesse público pelo Estado francês.

2003: Abertura da Fundação Henri Cartier-Bresson, em Paris. Exposição retrospectiva "De qui s'agit-il?" na "Bibliotheque Nationale" de France.

2004: Henri Cartier-Bresson morre pacificamente em 3 de agosto em Montjustin, Provence.

Source: Fondation HCB www.henricartierbresson.org

Fonte: Fundação HCB www.henricartierbresson.org